Especialistas detalham o sofrimento da região brasileira com petróleo que invadiu o litoral.

Parte do petróleo encontrado em uma das praias da Bahia.

Todos os nove estados da região Nordeste foram atingidos por uma grande quantidade de petróleo, ultrapassando a marca de duas mil toneladas de material recolhido nas praias.

O Jornal Gazeta Online realiza uma série de entrevistas com especialistas para esclarecer diversas questões acerca do assunto.

O superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Santos Alves, foi entrevistado pelos estudantes de Jornalismo Caio Mello (monitor), Leonardo Amaral e Rodrigo Freire. No decorrer da conversa, ele falou sobre os impactos desse óleo nas praias nos âmbitos ambiental e econômico e a falta de ações concretas por partes das ONGs.

Além disso, Rodrigo Santos Alves contou quais medidas foram tomadas até o momento, a importância dos voluntários na retirada do óleo das praias, se o material recolhido pode ser aproveitado e, por fim, a razão de não ser possível identificar com precisão a origem do vazamento.

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Petróleo encontrado em uma das praias de Sergipe.

O professor de Direito Internacional da FMU, Manuel Furriela foi entrevistado sobre a questão de quem deve ser responsabilizado pelo óleo nas praias nordestinas, a origem venezuelana da substância e a falta da identificação da embarcação de onde o petróleo vazou.

Manuel Furriela ainda comentou se as divergências entre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o da Venezuela, Nicolás Maduro, podem agravar uma crise internacional e quem deve ser responsabilizado pelo desastre.

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Imagem do protesto realizado por ativistas do Greenpeace em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, contra a política antiambiental do Governo Federal.

Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, explicou quais ações que a organização não governamental ambiental tem realizado para reduzir os impactos das manchas de óleo nas praias do Nordeste; além de avaliar as críticas e retaliações feitas pelo Governo Federal em razão dos últimos atos de manifestação realizados pela entidade.

O entrevistado ainda contou de que forma reage àqueles que acreditam que a ONG não trabalha efetivamente e como o Greenpeace pretende se proteger contra as acusações feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nas redes sociais. Ele ainda fez uma avaliação do Ibama e dos órgãos governamentais na reparação dos danos causados pelo petróleo e da mobilização tardia por parte dos governantes.

Ao final, Thiago Almeida disse algo poderia ter sido feito para evitar o desastre.

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Voluntários retirando óleo de uma das praias da capital de Pernambuco.

Quais são as consequências do petróleo nas praias nordestinas à saúde humana? Para explicar o assunto, o coordenador de produção Leonardo Levatti e o monitor Caio Mello (do curso de Jornalismo) conversaram com o toxicologista Dr. Anthony Wong, do Hospital das Clínicas.

No decorrer da entrevista, ele explicou como a exposição à substância pode afetar negativamente a saúde, os itens de proteção necessários para os que estão retirando o óleo e se há riscos de câncer.

Além isso, o toxicologista comentou os perigos de consumir os peixes da região.

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