Projeto pretende ressocializar mulheres que estão no regime prisional.

Nos últimos dez anos, o número de mulheres encarceradas teve um aumento de 225%. Elas ainda representam a minoria do número de detentos no País, mas a realidade revela que a mulher vem se envolvendo cada vez mais no universo da criminalidade e, por conseguinte, compondo de forma crescente o sistema carcerário já tão precário e saturado.

Em um ambiente em que elas, muitas vezes, chegam grávidas e são obrigadas a dar a luz na própria cela não há condições mínimas para abrigar a detenta e seu bebê. Além disso, outro dado alarmante é a questão do abandono, já que somente 37,94% recebem visitas sociais.

Tais dados, e muitos outros, foram colhidos durante a elaboração do Projeto “Mulheres Encarceradas”, que visa uma série de ações de apoio a essa parcela da população.

Em entrevista para o programa “Revista Geral”, a radialista Renata Câmara conversou com a advogada Marilene de Mello, fundadora do projeto, sobre o primeiro contato com essas mulheres, as questões de higiene nas celas femininas e o fato de muitas entram no mundo do crime para ajudar seus companheiros.

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