A “Rádio Gazeta” chega à década de sessenta aspirando mudanças diante das inquietações que marcam todos os anos daquele decênio.
Na presidência da República, Juscelino Kubtischek estava prestes a inaugurar a nova capital do Brasil, Brasília, evento realizado no dia 21 de abril de 1961. A televisão completara dez anos de instalação no país. A Seleção Brasileira de Futebol, que fora campeã em 1958, se prepara para repetir o êxito na Copa de 1962. De fato, conquista o título e o país se torna bicampeão vencendo a então Tchecoslováquia (país que em 1993 foi dividido em República Checa e República Eslovaca, dois países independentes), no Chile, país sede do mundial.
O orgulho é extremo da nação brasileira, que tem Garricha como ídolo. O romance dele com a cantora Elza Soares também ganha fama e o talento da artista a coloca nos primeiros lugares nas paradas de sucesso. A jovem Celi Campelo também ganha a admiração popular tornando-se musa por interpretar rocks inocentes, como os sucessos Banho de Lua e Estúpido Cupido.
Os primeiros e movimentadíssimos anos década de sessenta marcam mudanças significativas na grade da programação da “Rádio Gazeta”. Em 1963, a crônica esportiva passa a vigorar na emissora. O nome “Gazeta”, que já era sinônimo de cobertura esportiva recebe mais força pelas ondas do rádio. A audiência é elevada.
O noticiário da estação registra todos os fatos daqueles anos que tiveram ações políticas, culturais e esportivas decisivas: a renúncia do presidente Jânio Quadros; o “Movimento de 1964”; o “Ato Institucional número 5”; os movimentos musicais “Tropicália”, “Jovem Guarda”, festivais de música popular e a beatlemania; a chegada do homem à Lua; a “Copa do Mundo” de 1966, no qual o Brasil é eliminado pela Seleção Portuguesa. Uma infinidade de acontecimentos denominaram o período como revolucionário e com esta carga seguimos para os anos setenta.